Não consigo entender porque você se porta assim, você mesma se faz sofrer por coisas que nem aconteceram gostaria tanto de te segurar e te ajudar. Eu também preciso de ajuda, poderiamos nos ajudar a passar por isso. Não entendo porque tem de ser tão dolorido essa mágoa, porque que ela tem de ser sentida se a gente poderia estar juntos e tentando. Você tem medo de tentar? Acabar falhando, não superando suas expectativas, que prefere evitar? Vai por mim também tenho medo, também sinto a flor da pele meus fracassos mas não posso parar de tentar, alguma hora vai dar certo, é tudo um pulo de fé.
Te desejo só pra mim, isso te assusta? Amor também me assusta, ser fracassado e insuficiente, tudo isso me assusta mas eu quero tentar ser algo pra você... por você. Não sei explicar, poder fazer oque outros não fizeram te deixar feliz consigo mesma, te mostrar que todos somos humanos e merecemos coisas boas, se você não tá pronta te dou seu tempo, mas preciso de respostas, também sou quebrado da cabeça como você, também tenho pensamentos ruins e gostaria de acabar com tudo pelo bem das pessoas a minha volta, mas eu tento, tento muito.
Te desejo tanto gostaria de tentar tanto, tem tanta coisa que eu quero e não posso ter, tanta que coisa posso lutar mas não luto, mas por você eu movo o mundo.
E quero tentar com você Estrela. Gostaria de ser seu homem e gostaria de dar o universo pra minha mulher.
Talvez nada disso realmente importe, espero que você esteja bem. Pensa com carinho sobre nos.
Após tudo isso venho aqui escrever sobre oque estou fazendo agora, estou lendo o livro O mito de Sisífo obra de Albert Camus, fala mais sobre o a absurdo e a condição humana e o primeiro capítulo fala sobre o absurdo e o suícidio, realmente os dois tem a ver um com o outro, ele questiona o suícidio como sendo a resposta definitiva, num momento que ele argumenta que viver ou não viver, aceitar o absurdo ou buscar uma fuga é a questão principal da filosofia, acaba realmente sendo a questão principal de todas as filosofias que é achar sentido pra tudo isso que experimentamos. Ainda assim ele argumenta que o suícido não é a solução, mas sim a revolta contra esse absurdo que sentimos pois afirmar a vida apesar da sua falta de sentido é a resposta mais adequada. O verdadeiro esforço é se sustentar ali na medida do possível mesmo que pareça fútil.
No primeiro capítulo, Camus começa a dissertar sobre a principal reflexão apresentada por ele: o absurdo da existência. Parte da questão direta e brutal, o suícidio com a frase: "Só há um problema verdadeiramente filosófico sério: o suicídio.". Nessa afirmação ele questiona se a vida vale a pena ou não ser vivida. Para ele o único problema genuíno.
Então Camus apresenta talvez um método que ao invês de se perguntar qual o sentido da vida, passamos a questionar oque ocorre quando o homem percebe a ausência desse sentido na vida. Quando nos deparamos com o frio silencioso e visceral à frente de nossas expectativas da vida. A partir disso podemos interpretar que o absurdo surge então quando ocorre a colisão entre duas realidades:
- O desejo humano de sentido, ordem, clareza e razão;
- E o silêncio indiferente do universo.
Camus não oferece respostas, nem soluções metafísicas, ele na verdade rejeita todas as respostas tradicionais sobre a superação do absurdo da existência, como fé religiosa ou saltos filosóficos, que segundo ele são suícidios filosóficos. Ele diz isso porque embora essas pessoas reconheçam o absurdo eles recorrem a outros fatores para justificar sua existência como a propriamente dita fé religiosa. Para Camus aceitar o absurdo é não recorrer a nenhuma transcendência aceitar a realidade do jeito que ela é instrinsecamente. Então ele levanta nesse primeiro capitúlo que "Reconhecer o absurdo não leva necessariamente ao suicídio, mas, ao contrário, pode ser o início da verdadeira liberdade." ou seja o absurdo é um convite para viver a vida de forma autêntica.
PDF O Mito de Sisífo.